1º Ano

TRABALHO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA – 4º BIMESTRE

Prazo de entrega:
Quarta-feira (13/11)
Horário limite para o envio:
18h
e-mail para envio do trabalho:
oliveiramarquesfil@gmail.com

  Ø  Exigências e recomendações de elaboração:
o   O trabalho só será aceito se enviado para o e-mail fornecido.
o   O trabalho poderá ser feito em grupo, sem restrição quanto ao número de participantes,desde que não ultrapasse o limite de cinco (5) membros.
o  O aluno deve mandar um e-mail com as seguintes informações: Nome completo, série e turma, Nº da chamada e a sua resposta, com a indicação da pergunta respondida.
Exemplo:
Pergunta 1.
Resposta
o Infelizmente, por ausência de tempo, não serão aceitos trabalhos enviados após o horário indicado, a saber, 18h (13/11).
o  Dica: os slides postados pelo professor, assim como suas notas em sala e a consulta ao texto Ética a Nicômaco, são imprescindíveis para uma excelente elaboração das respostas.

  Ø  Método e critério de avaliação
o          O trabalho terá nota máxima dez (10,0), cada questão valendo cinco (5,0) pontos. Para pontuar as questões, os seguintes critérios serão estabelecidos:
ü  Fidelidade ao texto de Aristóteles (2,0)
ü  Clareza da exposição (1,0)
ü  Apresentar domínio das noções apresentadas (1,0)
ü  Vocabulário e gramática apropriados (1,0)


Questões do Trabalho

      1.      No livro I, da Ética a Nicômaco, Aristóteles fornece uma definição conceitual geral para o conceito de bem. Indique qual é essa definição.



      2.      Aprendemos em sala que todo texto apresenta esquemas de gradações e relações de ideias, conceitos, argumentos e problemas para sustentar uma tese, isto é, uma ideia. Aprendemos, também, que é necessário, primeiramente, caso queira possuir uma boa leitura de um texto, ser o mais fiel possível ao autor abordado. Considerando esses aspectos e o conhecimento que você adquiriu sobre como localizar passagens em textos clássicos estabelecidos, indique qual a ideia principal, segundo as gradações apresentadas por Aristóteles, na passagem 1094a 1-5 da Ética a Nicômaco.


ATIVIDADE AVALIATIVA DE FILOSOFIA - 3º BIMESTRE

·         Data de entrega:10/10/2013.
·         Objetivos:
1.       Praticar a habilidade de argumentar.
2.       Praticar a competência de pensar sistematicamente. Isto é, conectar os argumentos com o propósito de sustentar um conceito, ou uma ideia.
3.       Praticar a habilidade crítica, a reavaliação conceitual e a construção de ideias novas com argumentos concedidos previamente.
4.       Tornar a avaliação mais um momento de aprendizado, e não um momento de expor os argumentos apresentados pelo professor, com os mesmos exemplos, e com o mesmo propósito (a famosa “decoreba”). Espera-se do aluno a capacidade de apresentar a sua concepção do tema abordado. Em outras palavras, esta avaliação é um momento de “aprender a pensar”.
·         Orientações formais e técnicas:
1.       Utilização das normas gramaticais da língua portuguesa.
2.       Pede-se um texto livre, sem mínimo ou máximo de páginas ou linhas.
3.       Abrir parágrafo corretamente.
4.       Texto com margem padronizada.
5.       É sugerido a entrega da avaliação no formato digitalizado.
6.       Identifique-se e identifique sua série, antes do início da sua avaliação. Coloque seu nome e série organizados.
Lembre-se que o tema da prova é senso comum. Pretende-se dar a oportunidade de você rever o conceito do ponto de vista pessoal.

Senso comum e propaganda
Trabalhamos este semestre o conceito de senso comum. Este conceito foge a uma determinação conceitual fácil. Segundo o que aprendemos, ele é uma forma do homem intervir na ordem da realidade. Isto é, uma determinação da nossa natureza. Afinal, não somos o único ente capaz de interpretar o mundo? Interpretamos o mundo através de três grandes construções metodológicas psíquicas: o senso comum; a filosofia e a ciência. Não iremos falar das duas últimas por respeito à objetividade do que se pretende abordar. No entanto, devemos lembrar que as três formas estão intimamente ligadas. São todas elas formas humanas de interpretar o mundo. Somos nós, humanos.
A forma humana mais primitiva e ligada as nossas emoções e cultura é o senso comum, uma vez que ele não é o resultado de uma atividade crítica, reflexiva ou racional. Ele estáprofundamenterelacionadoàs necessidades de sobrevivência e aos desejos coletivos de um indivíduo inserido em um grupo social.
Um homem chamado Edward Bernays, na primeira metade do século passado, ao descobrir que o senso comum pode ser manipulado, desenvolveu a publicidade, que ele chamou de propaganda, com o intuito de ajudar a canalizar as vontades do povo, da massa, em direção a uma ideia. Seja essa ideia política ou apenas a venda de um produto qualquer, como uma geladeira.
Em uma de suas campanhas publicitárias, Bernays conseguiu aumentar as vendas de uma fábrica demassa pronta para bolo, esses de caixinha.O produto era comercializado completamente pronto, precisando unicamente ir ao forno. Mesmo com toda essa praticidade, o produto não era vendável.Bernays sugeriu que fosse acrescentado um ovo ao modo de preparo da embalagem. Isto é, a dona de casa deveria acrescentar um ovo ao fazer o bolo de caixa. Em outras palavras, ele complicou a receita, mas o produto aumentou consideravelmente as vendas. Essa campanha foi um sucesso, pois ele havia identificado o elemento do senso comum das mulheres americanas do início do século, em relação ao produto: elasainda não aceitavam a ideia de não participar do preparo do alimento que seria servido as suas famílias. A solução, proposta por Bernays, não foi arbitrária. Segundo ele, o ovo é um símbolo de fertilidade do inconsciente coletivo, que dava a sugestão psicológica ao senso comum feminino da época de participação efetiva na estrutura familiar, correspondendo as exigências do senso comum da época.
As ideias de Edward Bernays foram aplicadas na política, na sociologia, no comércio, na ciência, e determinaram-determinam a história recente da humanidade, uma vez que é uma engenharia social do senso comum, podendo-se definir as vontades coletivas e os desejos das massas políticas, intelectuais e comercias. Isto é, a engenharia social determina a cultura geral de um povo.

Problema
Você é capaz de solucionar um problema de aceitação do senso comum com uma ideia? Isto é, você conseguiria impor uma ideia que desejasse que fosse aceita coletivamente pelas pessoas de um determinado grupo social? Espero que sim. Portanto, defina uma campanha publicitária.
1.       Escolha uma ideia.
2.       Escolha o grupo social que pretende atingir com essa ideia.
3.       Mostre quais são as dificuldades desse grupo social em não aceitar sua ideia, hoje.
4.       Mostre qual a solução para superar essas dificuldades e, consequentemente, mudar o senso comum do grupo alvo.
5.       Faça um slogan que marque sua campanha publicitária. 



REVISÃO ESCRITA PARA OS TESTES MULTIDISCIPLINARES DO 3º BIMESTRE

REVISÃO PARA O TESTE DE FILOSOFIA

Sobre o senso comum e a ciência
O que há de semelhante entre o senso comum e a ciência? São ambas formas de conhecimento, que resultam da tentativa humana de compreender o mundo.

O que há de diferente entre o senso comum e a ciência?O homem faz diversas tentativas de entender a realidade. Mesmo sendo ambas formas de conhecimento, a ciência e o senso comum são frutos distintos dessas tentativas, por terem métodos diferentes.

O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade básica humana. Que necessidade é essa?A necessidade de compreender o mundo, explicá-lo e dominá-lo, a fim de viver melhor e sobreviver.

Como poderíamos definir ciência?A ciência procura uma ordem na experiência da natureza adquirida pelo homem. Ela também é um refinamento de capacidades que todos têm e uma hipertrofia de potenciais comuns a todos. Explico: quem usa um telescópio ou um microscópio vê coisas que não poderiam ser vistas a olho nu. Mas eles nada mais são que extensões do próprio olho humano. Elesnão são órgãos novos, são melhoramentos na capacidade de ver, comum a quase todas as pessoas. Um instrumento que fosse a melhoria de um sentido que não temos seria totalmente inútil, da mesma forma como telescópios e microscópios são inúteis para cegos. A ciência não é um órgão novo de conhecimento. A ciência é a hipertrofia de capacidades que todos têm.

Por que é errado afirmar que o senso comum é inferior à ciência?Por dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram sem coisa alguma que se assemelhasse à nossa ciência, tendo apenas no senso comum respostas para a sua necessidade de compreender o mundo.E, além disso, acreditar que a ciência é superior ao senso comum é pressupor que o homem comum deve ser tutelado por outros (no caso, cientistas) que lhe digam qual a melhor forma de pensar e quais as melhores ações a serem realizadas, o que é contrário a tudo que se pensa sobre o valor da autonomia humana.

Como podemos definir senso comum?O senso comum é uma interpretação do mundo em que vivemos, e dá-nos condições de operar sobre ele, ao mesmo tempo em que nos orienta na busca do sentido da existência.

Qual o aspecto negativo do senso comum?Por ser um conjunto de concepções fragmentadas, muitas vezes incoerentes, condiciona a aceitação mecânica e passiva de valores não questionados, não pensados, acríticos. Ou seja, senso comum não é refletido; impõe-se sem críticas ao grupo social. Com frequência se torna fonte de preconceitos, quando desconsidera opiniões divergentes.

REVISÃO PARA O TESTE DE SOCIOLOGIA

Sobre a Sociologia
Qual é a definição corriqueira para sociologia? É a expressão conceitual “estudo científico da sociedade”.

Por que a expressão “estudo científico da sociedade” não define o que realmente é a sociologia? A mera reprodução desta definição, como resposta, ao ser interrogado sobre o que é a sociologia, mostra-se insuficiente para garantir um conhecimento seguro dos métodos e objetos próprios desta ciência.

Qual a importância de refletir sobre a palavra “sociologia” para compreender seu significado?O que iremos perceber, ao analisarmos mais propriamente a filologia da palavrasociologia (isto é, seu significado fundamental) é que ela é composta por uma dupla origem, que revela não somente o significado dessa ciência responsável em investigar os fenômenos sociológicos, mas o da ciência em geral: toda forma de conhecimento científico tem por tarefa explicar, dominar e impor o método científico aos fenômenos da realidade capazes de serem observados, experimentados, verificados e objetivados.

Filologia da palavra sociologia: o radical socios é proveniente do latim, do povo romano, dos costumes romanos e da forma de pensamento da civilização romana. Seu significado é sociedade. Já a palavra logia, provém do grego antigo, da civilização helênica, dos costumes próprios dos helênicos e, principalmente, da forma de pensamento própria da filosofia grega. Logia, para o grego antigo, era a forma pela qual o homem poderia dar linguagem aos fenômenos da realidade, isto é, logos. Muito diferente, notem bem, dos significados banais que ouvimos para essa palavra, a saber: ciência, estudo. Não obstante, sociologia é uma ciência.O logos é o acesso humano a essência dos fenômenos. Esta é a tarefa humana: compreender, explicar e dominar os fenômenos do real. Esta tarefa é chamada de compreensão ou conhecimento. E o conhecimento tem inúmeros caminhos e métodos. A maneira como o filósofo observa um fenômeno é diferente como um cientista vai observar o mesmo fenômeno. Mas, ambos são logos: linguagem-pensamento. E, toda linguagem-pensamento é um método. A questão está, então, no método.

Em resumo, sobre a palavre sociologia: a palavra sociologia indica um nome de uma ciência, pois é a forma pela qual nós homens teremos acesso aos fenômenos da sociedade, desde uma perspectiva metodológica da ciência. Isto é, desde o método científico, que é comum a todas as demais ciências, mudando apenas o objeto, ou melhor, fenômeno a ser conhecido.

Quais são os elementos próprios do método científico? Modo sistemático; sujeito a verificação empírica e racional.

Como surgiu a sociologia? Ela surge no interior da modernidade. Aliás, é uma das últimas ciências a surgir no período. Alguns eventos colaboraram para seu fundamento. Cita-se, por cá, alguns: o surgimento de novas classes sociais, a vida urbana, o aparecimento de novos instrumentos técnicos que mudaram a relações socioeconômicas; a maneira moderna de compreender o trabalho humano, agora comparável a máquina; a nova arquitetura dos grandes centros urbanos, ocasionada pela superlotação das cidades industriais; a superação das fronteiras ultramarinas e a relação com novas culturas e etnias, antes desconhecidas, como os índios americanos, ocasionada pelo avanço da ciência de engenharia náutica e, principalmente, a confiança numa cartografia científica.

Os diversos pequenos eventos que deflagraram a sociologia foram agrupados. Por quê? São diversos pequenos eventos. Por isso, estes foram unidos em três grandes eventos, organizados conceitualmente para fim de compreensão do período chamado modernidade.

A sociologia foi deflagrada na história humana por três grandes grupos de eventos. Quais foram eles?Revolução Científica; Revolução Industrial e Revolução Francesa.
Sobre a Revolução Científica
Sobre a Revolução Científica, quais pensadores, são considerados seus precursores? René Descartes, Galileu Galilei e Francis Bacon.

Quem foi René Descartes?Foi um Filósofo Francês.É um dos fundadores da ciência moderna e pai da modernidade filosófica, uma vez que definiu um esquema conceitual para a constituição racional de conhecimento de toda e qualquer ciência.

Qual é o esquema conceitual criado por Descartes, em uso até hoje?A relação entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. Conhecida como relação sujeito-objeto.

Quais as características da Revolução Científica?A busca racional pela essência dos fenômenos da realidade, considerando apenas os valores imanentistas e naturalistas do mundo, rejeitando toda compreensão não humana, não racionalista foi um princípio da revolução; a referência a Deus ou as autoridades dos pensadores antigos, não eram mais o objeto de discussão e evidência do mundo durante a revolução; o método da revolução foi apenas a observação direta dos próprios fenômenos (principalmente naturais), desde de métodos racionais passíveis de verificação científica.





REVISÃO ESCRITA PARA A PROVA DO 2º BIMESTRE - 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Pessoal, conforme combinamos na nossa revisão em sala, segue material escrito para facilitar os estudos de vocês. Caso ainda apareçam dúvidas lembrem que estou sempre à disposição. Abraço, e força!


REVISÃO – 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Sobre o início da Filosofia
Em qual civilização os historiadores consideram que surgiu a Filosofia? Civilização Helênica.

Como tal aspecto é definido na História da Filosofia? Apesar de haver vestígios de civilizações antigas que desenvolveram formas de conhecimento, a posição oficialmente aceita e mais razoável para o surgimento da Filosofia aponta para os helênicos como responsáveis pelo desenvolvimento dessa forma de pensamento.

Diversas causas justificam os possíveis desenvolvimentos civilizatórios que permitiram o aparecimento da Filosofia no mundo grego. Quais são aceitas formalmente?
a) Guerras e invasões haviam ocasionado a migração de populações gregas para outras regiões e, consequentemente, aumentado a relação de troca cultural com outros povos;
b) Ampliação de novas formas de especialização profissional, modificando as relações humanas e a mentalidade das pessoas;
c) O domínio de novas técnicas dava aos homens uma maior sensação de independência em relação às divindades míticas e às forças da natureza;
d) Surgimento da vida urbana e novas relações de poder.

O que expressa a palavra Arché? Arché traduz a expressão grega “princípio material único”, que busca refletir sobre algo que estivesse presente em todas as coisas do universo (cosmo). Encontrar esse princípio material único era uma preocupação dos primeiros filósofos.

Arché indica a preocupação dos primeiros filósofos. Como eles foram nomeados? Cosmológicos.
Sobre Tales de Mileto
Quem é considerado pelos historiadores da Filosofia como o primeiro filósofo? Tales de Mileto.

Onde Tales nasceu? Na Grécia, numa cidade chamada Mileto. Por isso ele é conhecido como Tales de Mileto.

O que Tales de Mileto refletiu? Sabe-se que esse homem chegou a pensar que todas as coisas podiam ter uma única matéria como origem e concluiu que a água, provavelmente, podia ser a origem de todas as coisas.

A partir da ideia de que todas as coisas encontram sua origem na água, nós podemos concluir algo mais profundo. Que conclusão é essa? Que todas as coisas podem ter uma origem única.

O que podemos refletir a partir da ideia de que todas as coisas podem ter uma origem única? Quetudo é um. Essa sentença demonstra o que Tales de Mileto realmente quis dizer, e abriu uma nova possibilidade de relação do homem com o mistério do universo, uma vez que foi a primeira tentativa do homem de compreender o todo da realidade e sua diversidade, desde um princípio material único. Isto é, desde uma arché.

“Tudo é um” pode ser considerado que tipo de pensamento filosófico? Universal.

As ideias de Tales de Mileto foram preservadas, mas não foram escritas pelas suas próprias mãos. Que nome essa forma de documentação recebe dentro da tradição do pensamento ocidental? Doxografia.
Sobre as ideias de Sócrates
As sentenças “Conhece-te a ti mesmo” e “Só sei que nada sei” são atribuídas a lógica de pensamento de um filósofo. Que filosofo é esse? Sócrates.

Sócrates procurava a verdade através de um método que ele empregava com os seus interlocutores. Que método é esse? A Maiêutica.

O que é a Maiêutica e quais são suas etapas? É a palavra grega para “fazer nascer”. Isto é, parto. Representa o processo do parto do conhecimento na dialética socrática. Ela, na verdade, é a última etapa da dialética elaborada por Sócrates. Antecipa-se a ela a ironia e refutação das ideias dos interlocutores, que é a exposição de que suas ideias não se sustentam, uma vez que sejam indagas mais profundamente. 

Os gregos convencionaram, através do discurso, um método de investigação em busca da verdade. Como se chama esse método? Dialética.

Como se dá a Dialética? Tal método, considerado por muitos como a arte de discutir, tem como finalidade opor duas opiniões contrárias, com argumentos contrários, a fim de identificar, após a eliminação das opiniões que não se sustentam, quais opiniões correspondem à verdade.
Sobre Platão e a Alegoria da Caverna
Que filósofo elaborou a Alegoria da Caverna e em qual obra e livro ele a documentou? A Alegoria da Caverna foi elaborada por Platão. Ela está documentada na obra A República, no Livro VII.

O que é uma alegoria? A alegoria é um recurso simbólico para explicar um processo teórico de difícil entendimento e compreensão. A mais famosa das alegorias fora imortalizada pelo filósofo Platão, conhecida como Alegoria da Caverna.

O que trata a Alegoria da Caverna? Platão, com a finalidade de explicar sua complexa compreensão da realidade, dada ao conhecimento popular por mundo das ideias, lança mão de uma história fantástica e simbólica de homens aprisionados em uma caverna. Estes homens, desde seu nascimento, são acorrentados nas mãos, pernas e pescoço, podendo ver apenas o fundo da caverna. Os homens acorrentados apenas enxergam as sombras da realidade e escutam as vozes das pessoas lá fora, projetadas em sombras. Em vista disso, acreditam que o mundo real é apenas aquelas sombras com vozes, uma vez que não obtiveram uma experiência existencial diferente. No entanto, Platão coloca um problema, fazendo-nos imaginar o que aconteceria se um dos homens tivesse suas correntes rompidas. Segundo Platão, este homem logo sairia da caverna e perceberia que as sombras, que ele imaginava ser a realidade verdadeira, são apenas a aparência da realidade dos objetos externos.
Para melhor ilustrar, recomendo este vídeo:


Qual a relação da Alegoria da Caverna com o mundo das ideias? Através da Alegoria da Caverna, Platão intentava explicar sua compreensão de um mundo dividido entre mundo sensível e mundo inteligível (supra-sensível). Para ele, o mundo sensível é a representação interna da caverna, propensa ao engano provocado pelo mundo apenas material, sensível. Já o mundo inteligível, ou supra-sensível, é representado pelo lado externo da caverna, onde o homem percebe a realidade verdadeira. Ou seja, Platão intentava nos fazer perceber que não podemos confiar apenas na condição sensível e material da vida, uma vez que ela pode incorrer em aparência de verdade, ou seja, engano.

Para melhor compreensão, um exemplo de nosso cotidiano: Para Platão, a matéria e a sensibilidade são passageiras, e a ideia ou conceito de algo são eternos e imutáveis. A realidade verdadeira pertence ao conceito e a ideia. Um bom exemplo é o do biscoito de estrela da padaria, concedido por nossa colega de sala Manu. Segundo a compreensão dela, tal biscoito é chamado assim devido seu formato de estrela. Mas, ao irmos a padaria e mesmo constatando que o biscoito está quebrado ou perdeu sua forma de estrela, ainda assim pedimos ao padeiro que nos venda aqueles biscoitos os chamando de biscoito de estrela. Isto acontece, pois, segundo ela, o conceito ou ideia do biscoito de estrela é mais real e existente para nós que os biscoitos ali presentes, exatamente como pensava Platão. Parabéns, Manu!


REVISÃO PARA O TESTE DO 2º BIMESTRE


Pensamento mítico
O que é Mitologia? Conjunto de Mitos de uma cultura, que intentam explicar simbolicamente a totalidade da realidade.

O que é Mito, a partir da compreensão habitual (Senso comum)? Narrativa simbólica, contada a partir de deuses, semideuses e personagens heróicos, que procura estabelecer uma explicação fantástica para as dúvidas humanas diante da realidade.

O que é o Mito, a partir da compreensão filosófica? Forma de pensamento, como a Filosofia e a Ciência, que, a partir da simbologia, intenta explicar, descrever e dominar a realidade. Assim, o Mito pode ser utilizado como forma de dominação política e ideológica de uma cultura.

Como a Ciência pensa o Mito? A Ciência mantém um aspecto ambíguo diante do Mito, uma vez que se identifica com ele por ser também uma forma de pensamento para explicar, descrever e dominar fenômenos da realidade, mas, se distingue dele por buscar seu fundamento na experimentação da matéria.

Como a Filosofia pensa o Mito? A Filosofia mantém também um aspecto ambíguo diante do Mito, uma vez que se identifica com ele por ser também uma forma de pensamento para explicar, descrever e dominar fenômenos da realidade, mas, se distingue dele por buscar seu fundamento na conceituação rigorosa e reflexão dos fenômenos universais.

Os Mitos só fazem parte de culturas antigas? Não. Os Mitos, ao contrário do que diz o senso comum, são também atuais, fazem parte da constituição do real da nossa época, isto é, hoje ainda há Mitos, e muitos! Estamos cercados deles. Um bom exemplo seriam as explicações sobre as visitas extraterrestres e seus possíveis motivos. O Et, o Óvni, entre outros elementos, são os aspectos de uma Mitologia contemporânea que intenta responder a pergunta que o homem coloca para si: será possível haver vida inteligente além de nós no universo? Diante da impossibilidade de responder tal pergunta através da Filosofia e Ciência, apelamos para outra forma de pensamento, a saber, o Mito.  



GRÁFICO DE RENDIMENTO DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO







REVISÃO ESCRITA DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO

Pessoal, conforme combinamos na nossa revisão em sala, segue material escrito para facilitar os estudos de vocês. Caso ainda apareçam dúvidas lembrem que estou sempre à disposição. Abraço, e força!

REVISÃO - 1º ANO
Sobre a atitude filosófica
O que é atitude filosófica? É um processo composto por etapas, que nos educam a sair da mera opinião infundada, circunstancial e pessoal, isto é, sujeita a desaparecer com o tempo, uma vez que não pertence às questões atemporais e eternas da história da humanidade. Essas etapas nos orientam em fundar questionamentos universais, eternos e que pertencem a todos os homens da história, independente da época e das circunstâncias vigentes.
No sentido filosófico, a atitude filosófica tem como seu contrário o senso comum.
O senso comum é, por sua vez, o nome dado a qualquer opinião infundada, circunstancial e particular, que aparenta ser verdadeira, mas que tem o caráter de uma verdade ou convicção passageira.   

Quais são as 3 etapas da atitude filosófica? Observar, admirar e refletir.
Sobre a Filosofia Grega
Extensão temporal: Decorre do século VII a.C. ao século VI d.C, isto é, abrange perto de 1.100 anos de história.

Foi dividida em 4 períodos. Por quê? Para compreensão das múltiplas ideias e posicionamentos filosóficos desse gigantesco tempo.

Quais são esses 4 períodos? Período pré-socrático ou cosmológico; Período socrático ou antropológico; Período sistemático; Período helenístico ou grego-romano.
Sobre o período pré-socrático ou cosmológico
Por que é chamado assim? Porque antecede ao filósofo grego Sócrates.

Extensão temporal: Séculos VII a.C. ao V a.C.

Principais filósofos: Tales, da cidade de Mileto (conhecido por Tales de Mileto), é o primeiro filósofo citado nesse período em que se questionava a origem das coisas e a matéria de que seriam formadas.

Ideias: Foi o período da história da Filosofia em que se investigava o cosmos (a ordem geral do universo) e a phýsis (a essência, ou a natureza/maneira do ser das coisas). Esses conceitos são fundamentais para compreender a origem de todas as coisas. Por isso, Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, considerava este o mais importante período da Filosofia Grega.

Importante: A palavra grega phýsis foi traduzida para o latim por natura, após a dominação romana da Grécia antiga. Nossa língua, a saber, o português, que é uma língua latina, compreendeu e traduziu naturapor Natureza. No entanto, essa palavra grega, fundamental para compreender o período pré-socrático, designa um significado mais amplo e diferente do que habitualmente compreendemos por natureza (ligada ao meio ambiente). A phýsis para os gregos pré-socráticos era compreendida como a natureza ou a maneira de ser das coisas.
Sobre o período socrático ou antropológico
Por que é chamado assim? Em virtude da importância do pensamento de Sócrates.

Extensão temporal: Séculos V a.C. ao IV a.C.

Principais filósofos: Sócrates.

Ideias: As investigações filosóficas desse período voltam-se, principalmente, para a verdade e a virtude. O termo antropológico indica o principal tema da reflexão filosófica do período: o homem e suas relações, pois o termo grego para designar o ser humano é ánthropos.

ImportanteO que é, de onde vem, para onde vai, o que quer e como deve viver o homem eram algumas entre as questões discutidas nesse período. O raciocínio e o diálogo filosófico, a vivência política, a busca do bem e da justiça eram considerados fundamentais para os gregos do período socrático.
Sobre o período sistemático
Por que é chamado assim? O termo sistemático indica a maior preocupação do período, evidente no pensamento aristotélico.

Extensão temporal: Séculos IV a.C. ao III a.C.

Principais filósofos: Aristóteles.

Ideias: Garantir a cientificidade do conhecimento filosófico, reunindo e sistematizando o pensamento já produzido. Por isso chama-se sistemático, em ênfase ao pensamento aristotélico.
Sobre o Período helenístico ou grego-romano
Por que é chamado assim? Porque se iniciou com as guerras de dominação contra as cidades-estado da Grécia, isto é, contra as pólis (cidades) gregas.

Extensão temporal: Século III a.C ao VI d.C.

Principais filósofos: Os epicuristas, estóicos e neoplatônicos. Epicuro e Plotino são filósofos desse período. Epicuro acreditava que o homem deveria buscar sempre o prazer e evitar a dor, preferindo os prazeres duradouros aos passageiros, vivendo com simplicidade e autonomia, mas entre amigos.

Ideias: É caracterizado principalmente pela divulgação da língua e cultura grega em outras regiões que não mais as cidades-estado, ou pólis gregas. Quem primeiramente dominou as cidades gregas foi o Imperador macedônio Alexandre, o grande. Posteriormente, com a expansão do Império Romano, os romanos conquistaram a região. Como reação a esse novo modelo social, a Filosofia passou a ser exercida em pequenas comunidades, adquirindo um aspecto doutrinário e intimista, não mais voltada à construção de uma sociedade ideal, mas à busca da harmonia interior e ao desenvolvimento de posturas individuais adequadas ao bem.
Sobre o silogismo
O que é um silogismo? Um silogismo é um raciocínio formado por duas afirmações, chamadas de premissas, e por uma conclusão necessária, que decorre da relação entre as premissas. Um exemplo clássico é o seguinte: Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal.

Como um silogismo é organizado? Se organizarmos o silogismo apresentado como exemplo, ele ficará assim:
Premissa 1
Todo homem é mortal.
Premissa 2
Sócrates é homem.
Conclusão necessária
Logo, Sócrates é mortal.

O que é uma conclusão necessária? É uma consequência imediata das premissas, ou seja, diante de determinadas premissas é inescapável certa conclusão. Não há possibilidade de ter sentido lógico se a conclusão não for uma consequência imediata das premissas, por isso que a conclusão é chamada de necessária. No caso acima, “Logo, Sócrates é mortal” é a única alternativa lógica a se chegar a partir das premissas dadas. A conclusão faz-se necessária, portanto, conclusão necessária de tais premissas; impossibilitando qualquer outra conclusão.   

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                                                                     Para Refletir
Podemos pensar sobre esses dois mistérios desde o que discutimos em sala de aula e os tópicos apresentados nesta revisão. Que tal? Atentem que não há resposta correta, é uma atividade de reflexão, que busca nossa aproximação com a atitude filosófica. Boa sorte, e força! 

1. Por que há as coisa, e não antes o nada?

2. Pense sobre a afirmação: "mais vale ser do que aparentar ser".


7 comentários:

  1. Respostas
    1. Tathiane, também ri muito quando vi esse vídeo! É muito bom pensar através do humor, através da comédia. Que bom que você tem essa competência e virtude de caráter. Tenho uma sugestão: sinta-se à vontade de elaborar uma pequena reflexão sobre o vídeo, e traga-me, se desejar, na próxima aula. Abraços.

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  2. professor sou Cesar do 1º ano, gostei muito do video quem sou eu, ele me fez pensar muito , provavelmente quem sou eu. Nunca pensei nisso.
    Muito legal o video.























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  3. César, é muito importante pensar sobre quem somos, portanto, continue. É uma tarefa aparentemente difícil, pois estamos mergulhados em muitas obrigações, quase não nos sobra tempo para reparar o que está mais perto (não é?), isto é, nossa própria existência, o fato extraordinário de estarmos vivos. Pode contar comigo, estou à disposição para iniciar você a essa descoberta assustadora, no entanto, fantástica sobre a vida. Um bom começo, entenda como uma sugestão, será você pensar livremente sobre quem é você, escrever algo e trazer na próxima aula. Poderemos, depois desse seu texto, aproximá-lo de leituras e vídeos mais específicos e que o auxiliem nessa descoberta, no fundo, solitária.

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  4. sou o anonimo mas sou do 1B isso assumo i qr falar de suas aulas estao sendo mt boas vc é um grande professor i geovana fica direto sabeee direto msm querendo sua aula vc é concerteza o mas querido da sala do 1CMB i ate do ensino medio continui assim mas eu n to entendendo mt nao esclareça mas......... poh meu nome ER Anonimo

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    1. (kkkkkk) Obrigado, Anônimo! Palavras honestas e gentis. Fiquei bastante emocionado com elas. No entanto, reafirmo meu entusiasmo total em retirar todas as dúvidas. Para isso, vocês podem enviá-las por aqui, por facebook, ou, selecioná-las para retirar na aula. Estou à disposição. Novamente, obrigado. Espero ser merecedor desse carinho.
      Abraço, e força!

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  5. Olá professor. Sou Antônio Matheus, 1° Master, essa é a primeira vez que vejo seu blog, mas a diversidade de conteúdos é muito grande. Gostei do vídeo "Você sabe com quem está falando?!", pois ele me fez perceber mitas coisas e, no entanto, também não pude deixar de perceber que essa palestra foi no Banco do Brasil, ou seja, vejo que pelo menos o nosso país, Brasil, investe em algo para aprimorar o conhecimento de seus profissionais e cidadãos...

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