Palavras-chave:
Heráclito; jogo de forças contrárias; bem e mal.
Observação:
as palavras-chave orientam nossa atenção para o conteúdo geral de nosso tema. É
uma ajuda eficiente para recordar sobre o que estamos tentando
compreender.
O que poderá ser compreendido:
1.
Quem foi Heráclito e quando viveu (parte 1);
2. O que é o jogo de forças contrárias no mundo e como podemos observá-lo mais profundamente em nossa vida e no universo (parte 2); 3. Como podemos começar a diferenciar, com inteligência, o bem e o mal (parte 3) |
Trabalharemos por
partes: primeiramente vamos tentar compreender quem foi e o que fez Heráclito.
Tiramos nossas dúvidas e depois passamos para a parte 2 e 3, respectivamente.
Parte
1
A
vida de Heráclito
O pouco que se sabe sobre quem foi Heráclito não escapa da figura mítica que fizeram dele. Sabe-se que ele nasceu e viveu em Éfeso, hoje território pertencente à Turquia, durante os séculos VI e V a.C. (antes de Cristo). Apesar da história não determinar com exatidão sua data de nascimento e morte, costuma-se atribuí-las próximas aos anos de 544 e 474 a.C., respectivamente, datas que coincidem com o “milagre grego” do aparecimento da filosofia e tradição escrita grega, em substituição das explicações míticas e orais para determinar a origem e ordem dos seres e universo. Heráclito, portanto, é um dos primeiros filósofos, chamados posteriormente de pré-socráticos ou pensadores originários.
Fontes: http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl; http://www.infoescola.com/grecia-antiga/templo-de-artemis/
Diógenes Laércio,
historiador e biógrafo que viveu, aproximadamente, 700 anos depois desse período, “diz
ter sido Heráclito filho de Blóson, embora alegue igualmente que outros o
tinham por filho de Herácontos. De qualquer modo, parece mesmo que Heráclito
pertenceu a uma família aristocrática, sendo portanto de nobre nascimento. Há
inclusive relatos de que herdaria o governo de Éfeso, então uma monarquia, mas
decidiu abdicar em favor de seu irmão. Teria assim se retirado não apenas da
vida política de sua cidade mas também do convívio humano, tendo ido habitar
nas montanhas vizinhas à cidade. É nesse retiro que se dedica a escrever seu
livro. Uma vez pronto, ele retorna à cidade, mas apenas para depositá-lo no
templo de Ártemis em honra à deusa”[1].
Curiosidades
sobre a obra de Heráclito: o que restou dela
Muitos dos livros da antiguidade desapareceram por completo, principalmente os do período ao qual corresponde a obra de Heráclito. A principal razão para isso é que os gregos dos séculos VI e V ainda não dispunham de grandes números de cópias dos seus escritos. Geralmente, assim como foi com Acerca da Natureza (supostamente o nome do livro de Heráclito), os escritos se resumiam a algumas poucas cópias. Deve-se somar a esse fato as inúmeras guerras que não deixaram de afetar o patrimônio intelectual da humanidade; seja sua destruição através de incêndios, através do espólio, ou, até mesmo oposição ideológica.
O fato é que passado um
pouco mais de 2.500 anos, ainda dispomos de 131 fragmentos restantes de Acerca
da Natureza. 131 fragmentos que influenciaram a imagem que nós homens fazemos
do mundo e de nossa existência, durante séculos. O alcance da relevância de
Heráclito é tão vasto que seria impossível determiná-lo com precisão. O que se
sabe é: 35 homens da história, de períodos distintos, preservaram em suas
respectivas obras esses 131 fragmentos. Nomes menos lembrados e famosos (mas
não sem contribuição gigantesca e detentora de atenção), como o geógrafo grego
Estrabão, do século I a.C., ou, nomes dos quais nós jamais poderemos esquecer,
como Platão, Aristóteles e, até mesmo, o Imperador romano Marco Aurélio, do
século II d.C. (depois de Cristo), preservaram trechos, hoje conhecidos como
fragmentos da obra de Heráclito.
Fragmento: resto de uma obra literária ou artística
cuja maior parte se perdeu ou foi destruída[2].
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Atividade que pode
ajudar a fixar o conteúdo
1 No mínimo você ficou curioso sobre
esse homem que era conhecido por Heráclito, o obscuro. Portanto, antecipe a
parte 2 deste conteúdo e procure descobrir o que disse esse homem misterioso.
Professor, no segundo parágrafo do texto o senhor citou o filósofo chamado Diógenes. É fato que (de acordo com os livros) ele procurou viver de forma simples e natural, chegando a viver nas ruas de Atenas, dentro de um barril. Mas, por que isso?
ResponderExcluirBoa pergunta, mas merece explicação.
ExcluirO Diógenes que citei no texto é um biógrafo e historiador romano. Já o Diógenes que você fala, o que vivia em um barril é um filósofo conhecido como Diógenes, o cínico.
Diógenes, o cínico procurou viver um vida desprendida de conforto e luxo, uma vida realmente modesta, pois acreditava que somente através da prática de suas ideias é que alcançaria a virtude. Costuma-se dizer que ele vivia num barril para exemplificar sua modéstia como ato de protesto contra as instituições sociais vigentes em sua época.
Aaah bom, obrigado!!
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