sábado, 16 de março de 2013

REVISÃO ESCRITA DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO

Pessoal, conforme combinamos na nossa revisão em sala, segue material escrito para facilitar os estudos de vocês. Caso ainda apareçam dúvidas: lembrem que estou sempre à disposição. Abraço, e força!


REVISÃO - 1º ANO
Sobre a atitude filosófica
O que é atitude filosófica? É um processo composto por etapas, que nos educam a sair da mera opinião infundada, circunstancial e pessoal, isto é, sujeita a desaparecer com o tempo, uma vez que não pertence às questões atemporais e eternas da história da humanidade. Essas etapas nos orientam em fundar questionamentos universais, eternos e que pertencem a todos os homens da história, independente da época e das circunstâncias vigentes.
No sentido filosófico, a atitude filosófica tem como seu contrário o senso comum.
O senso comum é, por sua vez, o nome dado a qualquer opinião infundada, circunstancial e particular, que aparenta ser verdadeira, mas que tem o caráter de uma verdade ou convicção passageira.   

Quais são as 3 etapas da atitude filosófica? Observar, admirar e refletir.
Sobre a Filosofia Grega
Extensão temporal: Decorre do século VII a.C. ao século VI d.C, isto é, abrange perto de 1.100 anos de história.

Foi dividida em 4 períodos. Por quê? Para compreensão das múltiplas ideias e posicionamentos filosóficos desse gigantesco tempo.

Quais são esses 4 períodos? Período pré-socrático ou cosmológico; Período socrático ou antropológico; Período sistemático; Período helenístico ou grego-romano.
Sobre o período pré-socrático ou cosmológico
Por que é chamado assim? Porque antecede ao filósofo grego Sócrates e porque é o período onde os filósofos investigaram a ordem do cosmos (universo) e sua origem. 

Extensão temporal: Séculos VII a.C. ao V a.C.

Principal filósofo: Tales, da cidade de Mileto (conhecido por Tales de Mileto), é o primeiro filósofo citado nesse período em que se questionava a origem das coisas e a matéria de que seriam formadas. 

Ideias: Foi o período da história da Filosofia em que se investigava o cosmos (a ordem geral do universo) e a phýsis (a essência, ou a natureza/maneira do ser das coisas). Esses conceitos são fundamentais para compreender a origem de todas as coisas. Por isso, Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, considerava este o mais importante período da Filosofia Grega.

Importante: A palavra grega phýsis foi traduzida para o latim por natura, após a dominação romana da Grécia antiga. Nossa língua, a saber, o português, que é uma língua latina, compreendeu e traduziu natura por Natureza. No entanto, essa palavra grega, fundamental para compreender o período pré-socrático, designa um significado mais amplo e diferente do que habitualmente compreendemos por natureza (ligada ao meio ambiente). A phýsis para os gregos pré-socráticos era compreendida como a natureza ou a maneira de ser das coisas.
Sobre o período socrático ou antropológico
Por que é chamado assim? Em virtude da importância do pensamento de Sócrates.

Extensão temporal: Séculos V a.C. ao IV a.C.

Principais filósofos: Sócrates e Platão.

Ideias: As investigações filosóficas desse período voltam-se, principalmente, para a verdade e a virtude. O termo antropológico indica o principal tema da reflexão filosófica do período: o homem e suas relações, pois o termo grego para designar o ser humano é ánthropos.

Importante: O que é, de onde vem, para onde vai, o que quer e como deve viver o homem eram algumas entre as questões discutidas nesse período. O raciocínio e o diálogo filosófico, a vivência política, a busca do bem e da justiça eram considerados fundamentais para os gregos do período socrático.
Sobre o período sistemático
Por que é chamado assim? O termo sistemático indica a maior preocupação do período, evidente no pensamento aristotélico.

Extensão temporal: Séculos IV a.C. ao III a.C.

Principal filósofo: Aristóteles.

Ideias: Garantir a cientificidade do conhecimento filosófico, reunindo e sistematizando o pensamento já produzido. Por isso chama-se sistemático, em ênfase ao pensamento aristotélico.
Sobre o Período helenístico ou grego-romano
Por que é chamado assim? Porque se iniciou com as guerras de dominação contra as cidades-estado da Grécia, isto é, contra as pólis (cidades) gregas.

Extensão temporal: Século III a.C ao VI d.C.

Principais filósofos: Os epicuristas, estóicos e neoplatônicos. Epicuro e Plotino são filósofos desse período. Epicuro acreditava que o homem deveria buscar sempre o prazer e evitar a dor, preferindo os prazeres duradouros aos passageiros, vivendo com simplicidade e autonomia, mas entre amigos.

Ideias: É caracterizado principalmente pela divulgação da língua e cultura grega em outras regiões que não mais as cidades-estado, ou pólis gregas. Quem primeiramente dominou as cidades gregas foi o Imperador macedônio Alexandre, o grande. Posteriormente, com a expansão do Império Romano, os romanos conquistaram a região. Como reação a esse novo modelo social, a Filosofia passou a ser exercida em pequenas comunidades, adquirindo um aspecto doutrinário e intimista, não mais voltada à construção de uma sociedade ideal, mas à busca da harmonia interior e ao desenvolvimento de posturas individuais adequadas ao bem.
Sobre o silogismo
O que é um silogismo? Um silogismo é um raciocínio formado por duas afirmações, chamadas de premissas, e por uma conclusão necessária, que decorre da relação entre as premissas. Um exemplo clássico é o seguinte: Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal.

Como um silogismo é organizado? Se organizarmos o silogismo apresentado como exemplo, ele ficará assim:
Premissa 1
Todo homem é mortal.
Premissa 2
Sócrates é homem.
Conclusão necessária
Logo, Sócrates é mortal.

O que é uma conclusão necessária? É uma consequência imediata das premissas, ou seja, diante de determinadas premissas é inescapável certa conclusão. Não há possibilidade de ter sentido lógico se a conclusão não for uma consequência imediata das premissas, por isso que a conclusão é chamada de necessária. No caso acima, “Logo, Sócrates é mortal” é a única alternativa lógica a se chegar a partir das premissas dadas. A conclusão faz-se necessária, portanto, conclusão necessária de tais premissas; impossibilitando qualquer outra conclusão.   

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                                                                     Para Refletir
Podemos pensar sobre esses dois mistérios desde o que discutimos em sala de aula e os tópicos apresentados nesta revisão. Que tal? Atentem que não há resposta correta, é uma atividade de reflexão, que busca nossa aproximação com a atitude filosófica. Boa sorte, e força! 

1. Por que há as coisa, e não antes o nada?

2. Pense sobre a afirmação: "mais vale ser do que aparentar ser".

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